Dia 2 - Eu, Tanásia!

Meme do dia:



Canção do dia: Não há.
Esqueci-me dos auriculares em casa e só por isso, deu-me vontade de chorar assim que entrei no autocarro.

Ora bem, hoje é dia de votação na assembleia da república sobre as propostas que viabilizam a despenalização/descriminalização ou whatever da eutanásia.

O debate é velho e aborrecido porque não há nada de novo na argumentação utilizada por ambas as partes. A única coisa que vai mudando são as personagens ao longo do tempo.

De um lado estão os grandes defensores da vida que, em alguns casos, só defendem a vida às vezes e não é a vida em geral, é apenas alguma vida ou algum tipo de vida. São um bocado elitistas, presumo. Quer dizer, não são só isso que são, também são outras coisas muito interessantes, mas assim no geral são selectivos nesta cena da defesa da vida.

Do outro lado estão o que dizem "Epá deixem-lá as pessoas escolher"... se bem que esta escolha também não é assim tão abrangente quanto isso e com tantos mecanismos entrópicos ,pelos quais o requerente tem de passar, é mais provável a criatura morrer naturalmente do que morrer assistidamente.

Então e o que é que eu penso sobre o assunto?

Bom, penso que pessoas estúpidas existem em todo o lado e a assembleia da república não é excepção. A estupidez faz parte da condição humana, sendo que algumas criaturinhas são mais propensas a essa manifestação.

Dito isto, sou a favor da liberdade de escolha. As pessoas têm o direito de escolher como é que querem conduzir a sua vida, têm o direito de escolher como é que querem viver e devem ter o direito de escolher como e quando querem morrer. Existir, só por existir não é viver e existir para satisfazer os caprichos de terceiros é... bom, no mínimo tenebroso e no máximo tanta coisa feia e potencialmente desumana, que me vou abster de fazer analogias com o que realmente estou a pensar e que remete para alguns campos de concentração da Segunda Guerra Mundial.

Tirando isto, os que defendem o direito à vida podem continuar a defender e a praticar a defesa do direito à vida nos termos e condições que muito bem entendem. Para mim é, perfeitamente, aceitável desde que não me venham impingir os seus pontos de vista.

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