Dia 8 - O Enigma do Papel Higiénico

Photo by Claire Mueller on Unsplash

Même do dia: N/A

Canção do dia: N/A apesar de haver algumas que me ocorrem e nenhuma delas é socialmente simpática, mas isso também não é grande novidade para ninguém.

Ok, neste espaço específico vou abster-me de falar deste surto pandémico designado por COVID-19 porque este não é o momento para se achar nada. É sim o momento, para se confiar no que está a ser feito pelas autoridades competentes e por todos os profissionais da área.

Do que eu vou falar aqui é do enigma que, subitamente, parece rodear o papel higiénico porque, tenho a certeza, que é algo que muita gente - legitimamente - se pergunta, i.e. "Mas afinal, qual é que é a cena das pessoas com o papel higiénico"?

Pessoalmente, ainda não tenho a resposta para esta pergunta. De momento encontro-me a recolher e documentar evidências, de modo a poder formular uma teoria que possa ser razoavelmente aceite. No entanto, confesso-me bastante surpreendida com esta estranha obsessão do ser humano por rolos de papel higiénico e apesar de ainda não vislumbrar nenhum tipo de explicação para isto, uma coisa é certa; trata-se de um fenómeno transnacional.

Em alguns locais do mundo, pessoas acometidas por uma inexplicável compulsão, açambarcam - entre várias outras coisas - quantidades absurdas de papel higiénico, chegando a um comportamento extremo de se engalfinharem à bofetada por causa do mesmo.

Por cá, daquilo que vou observando e registando, ainda não me foi reportada e/ou relatada qualquer sessão de chapadaria (nota: o que neste aspecto, até considero positivo pois verifica-se um certo respeito pela regra da distância pessoal), mas... já se começa a verificar isto:

Esta fotografia foi tirada ontem (11-03-020), à hora de almoço, num supermercado perto do meu local de trabalho. Chegou-me aos ouvidos que estava a acontecer isto e eu resolvi, ir ao local, confirmar, documentar e validar o facto. Assim, confirma-se que efectivamente as pessoas estão a adquirir grandes quantidades de papel higiénico. Também se confirma que - de momento - os produtos são repostos, pelo que - por agora - o resto da população que não padece desta compulsão, está a salvo e pode continuar com as funções biológicas dentro da normalidade.

Há, igualmente, que atentar que os indivíduos que sofrem desta estranha compulsão podem mesmo ter uma grande necessidade de adquirir papel higiénico e o timing é apenas uma mera coincidência. Podem, apenas, ser sujeitos que gostam muito de papel higiénico (e.g. como também há aqueles que gostam muito de atum, ou de salsichas, ou de feijão... Vegans! Ponham-se a pau, porque hoje estou só a falar de papel higiénico, mas tirei outras fotografias), ou, inclusive, podem ter algum problema intestinal que justifique a necessidade de adquirir 3 ou 4 embalagens de 24 rolos de papel higiénico. Por outro lado, também podem ser indivíduos que fazem parte de famílias numerosas e que tenham escapado aos inquéritos do Instituto Nacional de Estatística.

Confesso que não fui perguntar às pessoas que observei, porque gosto de preservar a integridade do meu espaço pessoal e não queria ser a primeira a despoletar algum tipo de comportamento mais agressivo, por parte dos sujeitos em análise. Ainda que alguns tivessem uma aparência civilizada, isto é um bocado como aplicar os mesmos princípios de um tratador de animais no Jardim Zoológico, isto é, por muito que goste de ursos pardos não vou lá fazer-lhes festinhas.       

Portanto, conclusão, vou continuar a analisar e a recolher evidências sobre este tópico e quando tiver mais dados que me permitam avançar com alguma resposta para este enigma, voltarei a falar sobre o mesmo.

Comentários

As mais populares